História da Freixianda

Posicionada na margem direita do Nabão, Freixianda evoca um percurso tão antigo quanto imenso. Ao vasto acervo de vestígios arqueológicos distribuídos pela freguesia (Casais da Matinha, Cabeço de Maria Candal etc...) e de cronologia vária, junta-se a tradição oral que atesta a passagem por ali de D. Afonso Henriques com o seu exército em 1147, servindo-se de uma via medieval que ligava Santarém a Coimbra. A historicidade da Freixianda é reforçada por um documento de 1179 que faz referência à então “Freixineta,” um topónimo de origem latina que já havia resultado da evolução de “Fraixinum”, quiçá por ali pulularem freixos. Histórica é também a vertente religiosa, que desde cedo marcou os destinos da freguesia; em 1304 nascia a igreja das Freixedas com o Clérigo Domingos Pires, sendo incorporada na Colegiada de Ourém em 1445; na data de 1567 a freguesia recebia o título de Vigararia perpétua por carta do Cardeal D. Henrique e é sabido que no principio do século XVII já integrava cerca de uma dúzia de capelas. Hoje os templos de culto continuam dignos de visita, nomeadamente a secular capela de Santa Marta, no Arneiro, a capela da Perucha, ou a igreja matriz em honra de N.ª Sr.ª da Purificação, dotada de três naves de capela-mor abobada. A dimensão histórica e a dinâmica socioeconómica registada nos últimos anos, viriam a argumentar a elevação da Freixianda à condição de Vila em 1995. E mesmo tendo sofrido oscilações com o fenómeno migratório, não hesita em apostar no progresso repartido entre o comércio e a indústria, quer por via da animação sociocultural; atestam-no as Associações Desportivas, Culturais e Recreativas e os dois Ranchos Folclóricos.

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