Segurança Social, a novela

“Há tanta gente burra a mandar em pessoas inteligentes que por vezes penso que burrice é uma ciência”

Quando ouvi falar em cortes na segurança social vieram-me à ideia pensamentos, que agora noto serem loucas fantasias, de quem ainda não se habituou à estupidez que nos comanda.
O que é que eu fantasiei?
- O fundo desemprego iria ser limitado a um máximo de seis meses e consistiria num apoio mínimo que garantisse uma subsistência digna ao cidadão, mas que não asseguraria todos os
luxos a que ele próprio de habituou, e não poderia nunca ser considerado uma boa alternativa ao trabalho.
- Que o rendimento social de inserção iria apenas ser atribuído em situações excepcionais e a título provisório.

Enganos meus…

O que essas cabecinhas se lembraram foi fechar, sem aviso prévio os balcões da segurança social numas terriolas que para eles não valem nada, como a Freixianda e Caxarias. E assim conseguem poupar o ordenado dos funcionários. Podiam ter optado por substituir o autor desta ideia por uma pedra da calçada que poupariam mais um ordenado e o país não ficava a perder…
Segundo declarações do presidente Paulo Fonseca ao jornal O Ribatejo, esta situação está já resolvida e os balcões referidos vão abrir de novo com funcionários pagos pela autarquia!
Não sei se é a melhor solução, ou a mais justa, mas isso não interessa nada. O que nós queremos é a continuidade dos serviços na nossa freguesia. Aplausos então para o presidente!
Ainda assim uma última pergunta: Se a segurança social paga o subsídio desemprego a tantas pessoas com habilitações para estas funções porque não os colocam nos referidos balcões e poupam esse encargo extra à nossa Autarquia?

Ricardo Almeida

7 comentários:

Norte Freixianda disse...

Gostei da reflexão.
Fica uma questão no ar: a solução apresentada pelo Sr. Presidente da Câmara será apenas para remediar ou é definitiva!?

De facto o que nos interessa é a continuidade do serviço, mas a verba canalizada para os tais funcionários não será cortada ou subtraída a outras necessidades da freguesia.

Anónimo disse...

Pensava que o Sr Paulo Fonseca tinha mais influencia junto dos seus colegas do governo.
Ter que pagar com o dinheiro camarario o ordenado do funcionario, só mostra as limitações dos nosssos autarcas.

Anónimo disse...

para o anonimo anterior
"contente te doi um dente"
viste televisão ontem?
dá te por satisfeito por de algum modo se manter a segurança social cá na terra.

Anónimo disse...

Será que o dito balcão abre brevemente ou nem por isso?

Anónimo disse...

Excelente ideia do autor,colocar um beneficiário do subsidio de desemprego neste balcão.
O problema é que desempregado passou a ser profissão,e das boas.
É um posto de trabalho que ninguem quer largar!!!

Anónimo disse...

Se por um lado temos de tirar o chapéu ao Presidente da CMO, também devemos perguntar o que foi feito (ou não) para que não chegássemos a esta solução de recurso!! E não só à CMO, mas também à nossa JF, devemos também saber o que fez o nosso Presidente para evitar tal desfecho?
E mais ainda, quem vai pagar a formação destes funcionários que virão trabalhar nestes balcões já que à partida esta não será uma área na qual estão talhados a desempenhar funções...

Unknown disse...

É importante que o serviço continue a ser prestado na Freguesia. Apesar de não ser uma competência da Câmara Municipal, vejo com agrado que a autarquia considerou este recurso importante para a população.

É claro que isso tem custos e que o dinheiro gasto com este serviço não poderá ser gasto de outra forma. Mas é bom sinal que se dê prioridade ao que é mais importante para a vida diária das pessoas, em vez de andar a empregar o dinheiro em estudos e obras de pouco interesse.

É certamente mais bem empregue o dinheiro que a CM vai pagar a um funcionário para prestar este serviço do que, por exemplo, os milhares pagos a fazer os estudos de viabilidade para um projecto de campo de golfe em Caxarias. Alguém ainda se lembra dessa?