Câmara adjudica construção de três novos centros escolares

A Câmara Municipal de Ourém adjudicou a construção de três novos centros escolares, investimento de cerca de 4,1 milhões de euros financiado em 80 por cento pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).

O vice-presidente da autarquia, José Manuel Alho, explicou que os novos centros escolares – de Olival, Freixianda e Ourém Nascente – visam “optimizar o sistema de ensino no concelho, conferindo-lhe mais racionalidade”.
“No fundo, as obras também cumprem as determinações políticas nacionais nesta matéria, que passam pela concentração de alunos e a oferta de melhores condições pedagógicas”, adiantou José Manuel Alho.
Por outro lado, o vereador com o pelouro da Educação referiu que o objectivo da deliberação agora tomada em reunião do executivo municipal visa “maximizar o acesso aos fundos do QREN”.
O responsável salientou que os novos centros, cujas obras iniciam no próximo ano, vão integrar a educação pré-escolar e o 1.º ciclo do ensino básico, determinando o encerramento de vários jardins-de-infância e de escolas nas freguesias do Olival, Freixianda, Formigais, Ribeira do Fárrio, Alburitel e Seiça.
José Manuel Alho declarou que com estes investimentos os dois primeiros níveis de educação ficam com “uma cobertura satisfatória no concelho”, admitindo, contudo, que a revisão da carta educativa, em curso, possa determinar novas obras.
“Estamos a avançar com estes centros escolares porque não há dúvidas sobre a sua necessidade e também não há dúvidas sobre a possibilidade de serem candidatáveis ao QREN”, esclareceu, reconhecendo a possibilidade de o futuro poder determinar a construção de um novo pólo escolar na zona rural de Fátima.
No próximo ano, a Câmara Municipal de Ourém prevê concluir quatro centros escolares: na sede do concelho, Vilar dos Prazeres e dois em Fátima.
“Os edifícios estão em fase de conclusão, mas para não prejudicar a dinâmica escolar, serão apenas ocupados no arranque do próximo ano lectivo”, assegurou o autarca.
Na reunião de câmara, a autarquia deliberou também adjudicar a construção dos edifícios de apoio à piscina do Agroal, do pavilhão desportivo do Olival e da remodelação do antigo edifício dos Paços do Concelho, obras na ordem dos 2,5 milhões de euros.
“O objectivo é aproveitar ao máximo o financiamento do QREN”, acrescentou José Manuel Alho a propósito destas obras.

O Mirante

2 comentários:

Anónimo disse...

Finalmente a carta educativa volta a estar em cima da mesa, é esta a grande oportunidade onde a Escola EB 2,3 da Freixianda deve fazer valer o seu valor, acompanhada das juntas de freguesia, associação de pais e todos os freixiandenses e trazer de volta os alunos das freguesias vizinhas, que pela actual carta tiveram de começar a frequentar a escola de Caxarias, é hora de lutar por aquilo que é nosso e tanto custou a edificar, a Freixianda não pode nem deve continuar a deixar que tudo lhe passe ao lado!

Unknown disse...

Ainda não se sabem os contornos, mas a carta educativa vai levar uma grande volta nos próximos meses. O Ministério da Educação continua a insistir em grandes agrupamentos de escolas, com um critério fulcral, que é ter dentro do agrupamento todos os níveis de ensino, do pré-escolar até ao secundário.

Implicações: a escola da Freixianda não tem dimensão para ter ensino secundário. Será anexada, mais tarde ou mais cedo. Mas qual a configuração? Caxarias já anda há meses a movimentar-se para ter lá ensino secundário e ficar como sede de um grande agrupamento. Em rigor, Caxarias também não teria dimensão para ter ensino secundário... mas...

Em Ourém há uma única escola secundária, não parece que haja capacidade de ser sede de um agrupamento de escolas que cubra todo o concelho. Em Fátima não há secundárias públicas, por isso para lá nunca irá uma sede de agrupamento, o que é um disparate pegado.

O "Ciclo" de Ourém (IV Conde) também tem aspirações a ter ensino secundário e rivalizar com a secundária.

A dimensão do Concelho era para ter DOIS grandes agrupamentos destes que o Ministério adora. E onde ficarão as fronteiras? Mas também podiam ser TRÊS menores, mas isso implicava a criação de DUAS escolas secundárias no Concelho.

Outro disparate do modelo em aplicação é que, por exemplo, a EPO não pode fazer parte de um agrupamento, como deveria poder ser...

O panorama é um bocado confuso e a Freixianda é o elo mais fraco. Se a população da Freixianda virar costas à sua escola, terá muito a perder a todos os níveis. E uma terra que em outras épocas já foi de grande importância a nível regional pode vir simplesmente a esvaziar-se.