Menos 21 mil euros gastos com as Festas de Ourém em 2010

Na última sessão da Assembleia Municipal de Ourém, o deputado municipal Manuel Guerra (PSD) questionou o presidente do município, Paulo Fonseca (PS), sobre o orçamento das Festas de Ourém e quem havia patrocinado o projecto. Dada a qualidade do programa, que incluía artistas como Deolinda ou Luís Represas, o deputado lembrou que ainda há pouco tempo Paulo Fonseca se queixava do endividamento da câmara municipal. Paulo Fonseca afirmou-se “orgulhoso” do projecto, considerando que “a qualidade” dos espectáculos, que trouxeram milhares de pessoas ao Parque Linear em Ourém, não precisava de ser discutida. Não indicou o valor total dos custos, mas referiu que se tinham poupado 21 mil euros relativamente aos valores do ano passado, ainda com o executivo anterior de maioria PSD.
“Podia ter apresentado lucros”, comentou. Um dos patrocinadores, a marca de cerveja Sagres, queria ter pago logo à partida os quatro anos de apoio já combinados, exemplificou.
O Mirante online

8 comentários:

o nerd disse...

A maior poupança foi no palco montado para receber os ranchos folclóricos do concelho...
meia dúzia de paletes e tá a andar.

Carlos Gomes disse...

Não assisti ao espectáculo de folclore mas, o comentário anterior, leva-me a alertar para o cuidado que deve existir em relação às estruturas dos palcos montadas para actuações de grupos folclóricos. Sucedem-se por vezes acidentes graves devido às condições em que os ranchos actuam em palcos com tábuas sobressaídas ou apodrecidas, pregos salientes e outras armadilhas. Não sei se foi o caso mas a referência a "meio dúzia de paletes" leva-me a alertar para tais situações que se podem sempre evitar.
Ainda, a propósito das festas das localidades, os ranchos folclóricos organizam geralmente um festival de folclore trazendo outros participantes por meio de permuta e, desse modo, tendo de retribuir. Isso leva a que o rancho organizador se desloque a outros pontos do país e até do estrangeiro para dar a conhecer a sua própria região. Naturalmente, necessitam de contar com algum apoio para essas iniciativas mas, em meu entender, é sempre preferível do que aguardar passivamente que a sua presença seja contemplada no programa de festas... os ranchos folclóricos merecem uma maior atenção por parte dos pelouros da cultura das autarquias locais!

Sebastião De Melo disse...

confesso que não percebo muito de finanças,mas se receberem todo o dinheiro este ano ,até pode dar lucro,e para ano quanto prejuizo vai dar?

pouparam 21 mil euros(que raio de resposta é esta?)que os outros,mas quanto gastaram afinal?

se estamos na miséria financeira,quase na bancarrota,não podiamos poupar um pouquinho,trazer Deolinda este ano e o Represas para o ano.

porque não apostar no que é nosso ,do concelho,promoviamos bandas ,folclore sei lá....

e daqui a uns anos se as finanças estiverssem melhores ai sim festa de arromba.

o nerd disse...

Realmente muitas vezes depara-mo-nos com palcos muito perigosos, aconteceu na festa dos Bombeiros. Este, no entanto, não o era. O problema é que uns estrados colocados no chão, não dão oportunidade de mostrar-mos aquilo que sabemos fazer, o resultado de um ano inteiro de ensaios.

É o mesmo que a Câmara realizar um torneio de futebol num olival ou num descampado qualquer.

Devo também agradecer as boas condições que a Junta de Freguesia nos proporcionou aquando das Festas da Vila. Ficou provado que o palco chega para nós e para os artistas seguintes. Haja vontade!

Em defesa do folclore

marco disse...

Vi com agrado a chegada do Paulo Fonseca à presidência da Câmara de Ourém. Tudo na vida precisa de mudança (e está para breve mais uma...), para que não nos conformemos, para que possamos olhar para o que nos rodeia com uma nova perspectiva.

Isto para dizer que é com algum espanto que leio esta notícia: pouparam 21.000 Euros? Em quanto? 50Mil? 200Mil? Isto não é transparência - é mais do mesmo.
Penso que é aqui que se ganha verdadeiramente a confiança dos munícipes: evitar os malabarismos, o atirar de areia para os olhos.

Acredito que todos os portugueses, sem excepção de cor política, estão cansados de que os tomem por parvos. Os poucos políticos que lhes merecem respeito estão no poder local: são aqueles que lhes resolvem os problemas do dia-a-dia e é neles que maior confiança depositam. Não desbaratem essa confiança.

Anónimo disse...

com todo o devido respeito para com o senhor ricardo almeida, mas nao estou a ver onde estava a perigosidade do palco que foi montado para o rancho na festa dos bombeiros.

o nerd disse...

Resposta a um anónimo (16:15)


Como não sei a quem me dirijo, vou dar diferentes explicações, partindo de pressupostos diferentes.

Pressuposto 1: Você é burro!

Como burro que é, não viu a actuação do rancho porque estava ocupado a sacudir as moscas. Não reparou que o palco era pequeno e que não tinha protecções, não viu que eram quase 60 elementos lá em cima e que um terço são crianças que, enquanto esperavam na berma do palco pela sua vez de actuarem, iam saltando involuntariamente ao ritmo dos batimentos dos pares mais velhos que actuavam, não se apercebeu que por esse motivo esses elementos mais novos tiveram que sair do palco e esperar no chão, porque corriam o risco de cair. Não reparou também que nós estávamos mais preocupados em não cair do que em dançar, e no entanto foram vários os elementos que tropeçaram devido ao balouçar incerto das pranchas com os batimentos, algumas vergavam mais de 30 centímetros.
Se não viu, visse...

Pressuposto 2: Você é inteligente!

Por ser inteligente reparou em tudo e sabe que é verdade, mas achou que devia defender o trabalho dos bombeiros.
Acredito ter sido esta a sua motivação, mas deixe-me esclarecer que não ponho em causa o empenho dos bombeiros, pelo contrario até o enalteço. Apenas falei no palco como exemplo, nem sequer foi uma reclamação. Queixo-me sim do palco das Festas da cidade, porque entendo que a Câmara tem responsabilidades acrescidas na defesa da cultura.

Carlos Gomes disse...

Pela descrição do palco que é feita pelo sr. Ricardo Almeida, concluo que o referido palco não apenas não oferecia condições de segurança como ainda não contribuia para uma apresentação digna como é devido. Pelas suas próprias características, um rancho folclórico necessita de bastante espaço para proceder à sua actuação, o que inclui todos os seus elementos e não apenas os que dançam e tocam pois trata-se de uma representação etnográfica. E, colocar parte dos componentes fora do palco é como num concerto dispensar metade da orquestra... todos eles representam um conjunto, com os seus trajes característicos em alusão aos costumes de uma época determinada, por vezes inserindo pequenas representações cénicas. Mas, como disse, apenas estou a fundamentar-me no que acabo de ler e parto do princípio que a informação é fidedigna!
A propósito, ainda não consegui encontrar qualquer site na internet referente a algum rancho folclórico do concelho de Ourém, o que me dá a indicação de que ainda não aproveitam as novas tecnologias para se divulgarem.